O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, encerrou a missão de quase duas semanas à China, trazendo na bagagem a retomada das vendas de carne bovina e a habilitação e quatro novos frigoríficos.
A visita marcou a reaproximação (física) do empresariado com clientes chineses. Como a China esteve bastante fechada desde a eclosão da covid-19, muitos exportadores estavam há anos sem reuniões presenciais com importadores.
A China é, de longe, o cliente mais importante do agro. No ano passado, foi responsável por quase 32% de tudo o que o agronegócio brasileiro exportou, segundo dados do Ministério da Agricultura. O país asiático gastou US$ 50,7 bilhões. O segundo maior destino das exportações é a União Europeia (16%).
Nas interações com os clientes chineses, representantes dos frigoríficos brasileiros sentiram que a negociação de novas encomendas ainda deve levar um tempo para acontecer, com a habitual guerra de preços que marca essa relação.
“Ainda existe um estoque de carne bovina na China, que está sendo consumido”, disse um exportador. Como muitos frigoríficos brasileiros já tinham contratos de venda firmados com os chineses antes da suspensão das vendas, a pressão para frechar novos contratos é menor. “Isso pode ajudar na recuperação do preço”, afirmou um confiante executivo.
Na pauta de exportações, a carne bovina é o segundo principal produto agro vendido aos chineses. A soja, é claro, é disparado o principal item.