Na segunda emissão de CRAs de sua história, a SLC levantou pouco mais de R$ 1 bilhão a taxas bastante atrativas, mostrando que os ativos de melhor qualidade do agronegócio vem conseguindo convencer os investidores de varejo.
A emissão da SLC foi precificada nesta quinta-feira, e a maior parte saiu com spread de apenas 0,6 ponto sobre a NTN-B (título de Tesouro indexado ao IPCA), apurou The AgriBiz.
A oferta foi coordenada pelo Itaú BBA (líder) e também contou com a participação dos bancos Santander e Safra. Ao todo, a demanda foi de 1,09 vez o book.
Do total emitido pela SLC, R$ 803 milhões foi captado na tranche indexada à inflação, que vence em 2031 e saiu no equivalente a IPCA + 6,74%.
Nas tranches indexadas ao CDI, a SLC captou R$ 287 milhões, sendo R$ 202 milhões na série que vence em 2029 e remunera a CDI + 0,5%; e R$ 85 milhões na série com vencimento em 2031 e juros de CDI + 0,6% ao ano.
Com os recursos, a SLC vai alongar o perfil de vencimento das dívidas a custos mais competitivos, beneficiando uma companhia que já contava com uma estrutura de capital saudável – a alavancagem estava em apenas 1,31 vez.
No fim de março, o endividamento bruto da SLC somava R$ 5 bilhões, com 44% desse passivo vencendo no curto prazo.
Com um caixa de R$ 1,9 bilhões, a dívida líquida da companha era R$ 3,2 bilhões (R$ 297 milhões maior do que a do mesmo período do ano anterior.
Listada na B3, a SLC está avaliada em R$ 8,5 bilhões. No ano, os papéis sobem 4,4%.