Crédito

SLC capta R$ 1 bi em CRAs com spread de 0,60% sobre NTN-B

Com os recursos, a companhia da família Logemann vai alongar o perfil de vencimento das dívidas a custos mais competitivos

Na segunda emissão de CRAs de sua história, a SLC levantou pouco mais de R$ 1 bilhão a taxas bastante atrativas, mostrando que os ativos de melhor qualidade do agronegócio vem conseguindo convencer os investidores de varejo.

A emissão da SLC foi precificada nesta quinta-feira, e a maior parte saiu com spread de apenas 0,6 ponto sobre a NTN-B  (título de Tesouro indexado ao IPCA), apurou The AgriBiz.

A oferta foi coordenada pelo Itaú BBA (líder) e também contou com a participação dos bancos Santander e Safra. Ao todo, a demanda foi de 1,09 vez o book.

Do total emitido pela SLC, R$ 803 milhões foi captado na tranche indexada à inflação, que vence em 2031 e saiu no equivalente a IPCA + 6,74%.

Nas tranches indexadas ao CDI, a SLC captou R$ 287 milhões, sendo R$ 202 milhões na série que vence em 2029 e remunera a CDI + 0,5%; e R$ 85 milhões na série com vencimento em 2031 e juros de CDI + 0,6% ao ano.

Com os recursos, a SLC vai alongar o perfil de vencimento das dívidas a custos mais competitivos, beneficiando uma companhia que já contava com uma estrutura de capital saudável – a alavancagem estava em apenas 1,31 vez.

No fim de março, o endividamento bruto da SLC somava R$ 5 bilhões, com 44% desse passivo vencendo no curto prazo.

Com um caixa de R$ 1,9 bilhões, a dívida líquida da companha era R$ 3,2 bilhões (R$ 297 milhões maior do que a do mesmo período do ano anterior.

Listada na B3, a SLC está avaliada em R$ 8,5 bilhões. No ano, os papéis sobem 4,4%.

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