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Superintendente do Cade recomenda aprovação do M&A entre Minerva e Marfrig

Agora, o caso será apreciado no Tribunal do Cade e tendência de aprovação é alta. Falta definir data

Cade

A Minerva acaba de receber um ótimo sinal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O superintendente-geral do órgão antitruste, Alexandre Barreto, recomendou a aprovação da aquisição dos frigoríficos da Marfrig, um M&A de R$ 7,5 bilhões.

Em um despacho assinado às 17h59, Barreto recomendou que o colegiado de conselheiros do Cade aprove a transação, sem a necessidade de qualquer remédio concorrencial mais grave (ou seja, nenhum ativo precisará ser vendido).

Para aprovar a operação, Minerva e Marfrig precisarão firmar um ACC (Acordo em Controle de Concentração) com o Cade para rever a cláusula de não-competição em carne bovina que existia no contrato entre as duas companhias, o que é positivo para a Marfrig.

A recomendação do superintendente abre o caminho para que a transação seja aprovada em uma sessão ordinária do Cade ou mesmo extraordinária. A data para isso, no entanto, ainda não está definida. Geralmente, a média de casos do gênero no Cade leva 90 dias para ser apreciada no Tribunal.

De qualquer forma, a possibilidade de uma aprovação ainda neste terceiro trimestre existe, uma informação que deve repercutir positivamente sobre as ações da Minerva.

Ao longo do último ano, as ações da companhia dos Vilela de Queiroz derreteram em meio à demora do Cade. Quando Marfrig e Minerva anunciaram o acordo, os mais otimistas esperavam aprovar a transação no órgão antitruste em três meses, mas o negócio se provou mais difícil.

Anteontem, o diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle, preferiu o conservadorismo para falar do Cade. Segundo ele, a expectativa era obter uma decisão a partir de outubro.

O jogo parece estar mudando. Depois das frustrações de expectativas, a Minerva agora pode colher os benefícios de surpreender os investidores positivamente.

Com a compra dos frigoríficos da Marfrig, a Minerva vai se tornar a maior indústria frigorífica da América do Sul, dominando o comércio internacional de carne bovina. O M&A é o segundo maior da história da indústria frigorífica brasileira, perdendo apenas para a compra do Bertin pela JBS, em 2009.

Com a venda dos ativos, a Marfrig reduz o endividamento e concentra as operações em ativos de maior margem, com carnes processadas e parques industriais com frigoríficos de grande porte em Várzea Grande (MT) e Promissão (SP). A companhia de Marcos Molina é a maior produtora de hambúrguer do mundo.

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