A Suzano, maior produtora mundial de celulose, é também uma referência em pesquisa ligada ao eucalipto. Dona do maior centro de pesquisas da planta fora da Austrália — país nativo da espécie — a companhia inaugurou nesta quarta-feira um dos mais modernos viveiros ligados ao cultivo da planta no mundo.
A companhia se dedica a cruzar diferentes espécies de eucalipto para chegar a novas variações da planta — versões geneticamente modificadas ainda não podem ser comercializadas por falta de autorização das principais autoridades do setor.
Com um investimento de R$ 80 milhões, a nova planta está localizada em Ribas do Rio Pardo e tem capacidade para produzir 35 milhões de mudas de eucalipto por ano. Nos detalhes, o viveiro ocupa uma área de 21 hectares, e está instalado ao lado da nova fábrica de celulose da Suzano, na rodovia BR-262 (o Projeto Cerrado).
A nova unidade de produção de mudas, juntamente com o viveiro adquirido pela empresa em Campo Grande – com capacidade para 40 milhões de mudas ano –, irá abastecer o programa de formação florestal da fábrica em Ribas, que entrou em operação no dia 21 de julho deste ano.
Além desses viveiros, a Suzano também tem outro em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, dedicado a atender duas linhas de produção de celulose, com capacidade para produzir 30 milhões de mudas por ano. Somando este projeto com os dois novos viveiros, a companhia passa a ter uma capacidade produtiva de 105 milhões de mudas de eucalipto por ano.
Ao todo, a Suzano tem uma base florestal de 600 mil hectares no Mato Grosso do Sul, sendo 143 mil hectares de proteção ambiental. No Cerrado, a empresa tem a meta de implantar um corredor ecológico, capaz de conectar 136 mil hectares de áreas de conservação.