Crédito

Na reabertura do mercado de bonds, Raízen capta US$ 1 bi

Companhia acessa o mercado de títulos verdes pela segunda vez no ano; ao todo, são US$ 2,5 bilhões captados

A Raízen aproveitou a reabertura do mercado de bonds para captar mais US$ 1 bilhão no mercado internacional com títulos verdes, aproveitando o apelo sustentável do etanol de segunda geração (E2G). Os papéis terão vencimento em 2035 e vão remunerar investidores a 5,7% ao ano.

O dinheiro será usado para quitar dívidas da companhia, além de investir em projetos e ativos que sigam o Green Financing Framework, destacou a Raízen. Os investimentos incluem projetos de energia renovável e eficiência energética.

A emissão vem poucos meses depois de a companhia estrear no mercado de green bonds em fevereiro deste ano, com uma captação de US$ 1,5 bilhão. Na ocasião, a captação foi dividida em duas tranches: a maior, de US$ 1 bilhão, vence em 10 anos, com juros de 6,45% e a segunda, mais longa, vence em 30 anos e remunera a 6,95%.

Além de investir em projetos do Green Financing Framework, o novo bond também contempla investimentos em E2G e aumento da eficiência operacional dos Parques de Bioenergia, bem como o alongamento do prazo médio do endividamento da companhia. 

Se a emissão de dívida verde no exterior é mais recentes para a Raízen, no mercado local a companhia já acessava esse tipo de bolso há mais tempo. A empresa emitiu uma debênture verde pela primeira vez em 2022, numa captação de R$ 1,2 bilhão.

Na época, as principais metas atreladas ao dinheiro estavam ligadas a obter a certificação Bonsucro — ligada à sustentabilidade nos canaviais — para 94% de suas unidades operacionais, ante 74% na época, e de elevar a porcentagem de mulheres na liderança de 19% para 30%.

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De acordo com os dados do primeiro trimestre da safra 2024/25, a Raízen tem uma alavancagem de 2,3 vezes, ligeiramente maior do que a do mesmo período do ano passado. 

Ao longo da safra, analistas esperam que a companhia possa colher os investimentos feitos nos últimos anos em renovação de canavial e no E2G, confirmando uma trajetória de desalavancagem — e reduzindo a diferença de negociação para os concorrentes listados. Hoje, a Raízen é negociada 25% abaixo dos pares.

Em bolsa, a companhia vale R$ 31,6 bilhões. No ano, as ações acumulam queda de 17%.

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