O Frigol, quarto maior frigorífico do país, concluiu nesta segunda-feira a terceira emissão de CRAs. Na oferta coordenada por Bradesco BBI e Safra, captou R$ 160 milhões, com um custo de CDI + 4% ao ano, como The AgriBiz já havia adiantado.
A operação é a mais barata já realizada pela empresa, a primeira com rating e tem um papel fundamental no alongamento de dívidas da companhia.
Em junho, o Frigol tinha uma dívida bruta de R$ 557,6 milhões, com 74% desse total vencendo nos próximos doze meses. Com a emissão, esse percentual passa a ser de apenas 30% e, até o fim do ano, a companhia reduzir o passivo de curto prazo para 20%.
“Mudamos o perfil financeiro da companhia desde os primeiros CRAs e daremos continuidade a essa estratégia de financiar o crescimento com uma estrutura de capital cada vez mais robusta, e agora avalizada pelo nosso rating”, afirmou Eduardo Masson, CFO da Frigol, em comunicado.
A emissão do CRA consolida a trajetória de melhora de governança que vem sendo implementada desde que a companhia saiu da recuperação judicial, em 2019.
Com a casa mais organizada e o ciclo favorável da pecuária, a Frigol vem reduzindo a alavancagem. No último 30 de junho, a relação entre dívida líquida e Ebitda estava em 1,34 vez, ante 2,45 vezes no mesmo período do ano passado.
Nos últimos doze meses até junho, o Frigol teve uma receita de R$ 3,2 bilhões, com margem Ebitda de 5,8%.