Crédito

Itaú BBA quer aumentar exposição ao agro — e projeta mais R$ 20 bi em 2025

Nos últimos cinco anos, banco de atacado multiplicou por três o volume de crédito destinado ao setor, chegando aos R$ 110 bilhões

Flávio Souza, CEO do Itaú BBA, durante o AgroVision | Crédito: Divulgação
Flávio Souza, CEO do Itaú BBA, durante o AgroVision: inteligência artificial trará grandes oportunidades ao agro | Crédito: Divulgação

Dos R$ 30 bilhões aos R$ 110 bilhões em cinco anos. Em uma linha, esse é o resumo da carteira de crédito do Itaú BBA dedicada ao agronegócio até 2024, consolidando sua posição como o maior entre os bancos privados para o setor. 

O ano nem acabou ainda, mas Flávio Souza, CEO da divisão de atacado, já ressalta que há espaço para continuar crescendo em 2025, expandindo a carteira em mais de R$ 20 bilhões. Hoje, são 800 profissionais trabalhando na área de agronegócio do Itaú BBA.

Os números foram divulgados durante o Agro Vision, evento promovido pelo Itaú BBA em São Paulo, na semana passada, que reuniu integrantes da Faria Lima e representantes de algumas das principais empresas do setor. Um público seleto, que fez um evento ainda assim bastante cheio. 

Aos presentes, Souza fez coro à demanda por energia limpa e sustentável e pela necessidade de investimentos em tecnologia como uma das principais fronteiras para o Brasil avançar ao longo dos próximos anos.

“Entramos numa era de disrupção e de transição, em que o uso de dados e inteligência artificial vão trazer grandes oportunidades para o agronegócio. O setor vai precisar continuar aberto à inovação, ao mesmo tempo em que terá de evoluir com uma gestão cada vez mais sofisticada. Temos um momento único de encontro de gerações entre quem desbravou e quem está olhando para as necessidades de um mundo cada vez mais conectado”, afirmou.

Da porta do banco para dentro, o Itaú BBA vem aumentando a exposição a biocombustíveis, se tornando líder nas emissões de debêntures ligadas ao setor, com um market share acima de 65%, afirma Pedro Fernandes, diretor de agronegócios do banco. A instituição financeira também tem a liderança atual de emissões de CPR no País. 

“Vamos continuar usando toda a robustez do balanço do banco para aumentar nossa exposição ao agro. Temos, também, uma preocupação de que as linhas ESG cresçam em um ritmo muito mais rápido do que a nossa carteira”, ressalta Fernandes. 

Em números, o Itaú BBA se aproxima hoje dos 250 mil hectares de áreas degradadas convertidas no programa Reverte, ou quase R$ 3 bilhões nas linhas ESG de prateleira — um ponto em que o banco quer continuar evoluindo em busca da meta de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050.

Mais Notícias