Depois de três anos de contrato, Eduardo Miron vai deixar a posição de CEO do Frigol, quarto maior frigorífico do país, migrando para o conselho de administração da companhia da família Gonzaga de Oliveira.
Luciano Pascon, um velho conhecido do Frigol, vai reassumir como CEO — posto que já havia ocupado entre 2016 e 2020. O executivo assume oficialmente em janeiro de 2025.
Sob a gestão de Miron, executivo com décadas de experiência em companhias como Cargill e Marfrig, o Frigol melhorou sua relação com o mercado de capitais, tornando-se uma emissora frequente de CRAs.
No mês passado, o Frigol concluiu a primeira emissão de um título de dívida com rating corporativo (rating “A” pela Moody’s), levantando R$ 160 milhões em um CRA com vencimento em 2030 e custo de CDI + 4% ao ano. Com a emissão, a companhia colocou 70% do vencimento da dívida no longo prazo, melhorando o perfil das dívidas.
Sob a nova gestão, o Frigol quer avançar em ganhos de eficiência na indústria. “Luciano manterá o foco na continuidade e evolução do plano de eficiência operacional, uma das prioridades estratégias da companhia, além do aprimoramento da governança”, escreveu a companhia, em um comunicado ao mercado.
Na nova configuração, Miron não será apenas um membro do conselho de administração do Frigol. O executivo será responsável pelo relacionamento com clientes-chave na China, país que responder por 41% da receita da companhia.
Com uma capacidade de abate de 3,3 mil cabeças de gado por dia, o Frigol fatura cerca de R$ 3,5 bilhões.