
Depois da ambiciosa aquisição da Sierentz, que exigirá da SLC um desembolso de US$ 135 milhões, ficou a pergunta: a empresa agora vai dar um tempo na expansão? Parece que não. Segundo executivos da companhia, há espaço até no balanço para continuar crescendo.
Após a aquisição, a dívida líquida da SLC será equivalente a aproximadamente 2 vezes o Ebitda, patamar considerado adequado pelo conselho de administração. Ao final do quarto trimestre, estava em 1,8 vez.
“Quando estamos abaixo de 2 vezes, a recomendação do conselho é que a gente continue crescendo. Então, se surgirem oportunidades interessantes, a gente vai olhar com carinho”, afirmou o diretor financeiro da SLC, Ivo Brum, durante teleconferência com analistas nesta quinta-feira.
Como as perspectivas para a geração de caixa da companhia são positivas em 2025, beneficiadas por uma produtividade recorde na safra de soja, a tendência é de que a alavancagem continue em níveis favoráveis para novos projetos.
Além dos investimentos óbvios na aquisição de terras ou novos arrendamentos para o plantio de soja, milho e algodão, a SLC tem dito que pretende continuar crescendo no negócio de sementes e destinando recursos a um projeto de irrigação na Bahia.
Mas há também outras possibilidades no radar, como a entrada no negócio de culturas perenes, como eucalipto, para a produção de biomassa, revelou o CEO Aurélio Pavinato.
“Cultura permanente é o tema do momento, porque a biomassa está sendo demandada para a indústria de etanol. Estamos estudando e analisando o potencial”, afirmou Pavinato, fazendo a ressalva de que esse não é o foco principal da companhia. “A gente nunca se empolgou muito com cultura permanente, mas estamos estudando.”
A SLC chegou a atuar na cultura de café no passado, mas acabou desistindo. Chegou até a olhar o plantio de frutas, o que também não avançou.
Na safra 2025/26, a SLC fornecerá grãos (milho e sorgo) para a recém-inaugurada usina da Inpasa em Balsas, no Maranhão.