
A chuva retornou para parte dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná no início desta semana com acumulado que alcançou 30mm no sul de Minas Gerais e ao longo da divisa do norte do Estado de São Paulo com o Triângulo Mineiro, áreas que contemplam plantações de café, laranja e cana de açúcar.
Um problema, no entanto, é que embora a chuva continue caindo até pelo menos a primeira semana de abril, ela não será forte suficiente para repor completamente a umidade do solo.
A estiagem de fevereiro deixou o solo muito seco em boa parte da porção oriental (ou leste) do país, região que engloba o norte de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Piauí, sudeste do Tocantins e leste de Goiás.
Ainda não há relato de perdas, mas há preocupação de que não exista umidade no solo suficiente até o fim do ciclo da segunda safra de milho. É como se começássemos uma atividade física com apenas metade da água necessária para reposição em uma garrafinha durante o exercício. Em algum momento, sentiremos sede.
O outono, estação que começa às 6h02min de Brasília da próxima quinta-feira, 20 de março, é caracterizada pela diminuição da chuva e das temperaturas em boa parte do país. Então, mesmo com a precipitação que cai atualmente sobre as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, ela não terá a mesma intensidade das que acontecem no verão.
No Centro-Oeste, apenas o Estado de Mato Grosso tem umidade de solo adequada neste momento. Mesmo com a expectativa de chuva abaixo da média nas próximas semanas, a precipitação não irá cortar totalmente, sendo suficiente para manter o desenvolvimento da maior parte das lavouras do Estado pelo menos até o fim do mês que vem.
No Sul, enquanto o Paraná recebe algumas pancadas de chuva, o Rio Grande do Sul permanece sob tempo seco e perdas cada vez maiores na soja. As frentes frias até passam pelo território gaúcho, mas não conseguem canalizar a umidade da Amazônia e levar chuva forte às lavouras.