
A família Rochetto, dona da gigante de batatas Bem Brasil, está próxima de comprar a sementeira goiana Serra Bonita, apurou The AgriBiz. A oferta é da ordem de US$ 125 milhões (mais de R$ 700 milhões), disse uma fonte.
O M&A inclui a unidade de beneficiamento de sementes, localizada em Formosa (GO), e mais de 15 mil hectares em áreas propícias ao cultivo de sementes de soja nos municípios Unaí e Buritis, ambos em Minas Gerais.
Duas fontes que acompanham a transação disseram que a IGC está assessorando a venda da sementeira. Procurada, a butique de M&A não comentou.
Se for concluída, a transação dará saída à Amerra, gestora especializada em agronegócios. A firma americana é sócia da Serra Bonita por meio da Tapajós Participações, holding que também conta com Marino Franz (fundador da Fiagril) como um dos acionistas.
A venda da Serra Bonita, no entanto, envolve um arranjo que vai muito além da Tapajós. A sementeira conta com outros dois sócios: Advanta, divisão de sementes da gigante indiana UPL; e Agropecuária Gado Bravo, que pertence aos irmãos Camila e Marino Colpo (controladores da Boa Safra).
Nas negociações para a venda, estrangeiros chegaram a avaliar os ativos da Serra Bonita, sem grandes avanços. Uma das ideias era separar as fazendas da sementeira, revendendo a segunda para a Boa Safra, mas a família Rochetto fez uma proposta mais atrativa.
Quem conhece a família Rochetto aposta que a aquisição deve ficar sob o guarda-chuva de Celso Carlos Rochetto.
“Ele é o irmão que já mexe com sementes”, disse uma fonte, lembrando que o empresário é dono da Sementes Analyce — sementeira controlada pela CR-AGRO, companhia agropecuária de Celso.
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Procurados pela reportagem, a família Rochetto e os sócios da sementeira também não responderam.