Máquinas agrícolas

A demanda surpreendente da John Deere

A alta dos grãos nos últimos dois anos fez muito bem à demanda dos agricultores, turbinando os resultados da John Deere, maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo.

Na sexta-feira, a dona das máquinas verdinhas revisou para cima as projeções de lucro para o ano completo, um feito num mundo de juros mais altos.

Agora, a John Deere projeta que o lucro do exercício fiscal (que vai até outubro) fique entre US$ 9,25 bilhões e US$ 9,5 bilhões. O intervalo da projeção anterior estava entre US$ 8,75 bilhões e US$ 9,25 bilhões.

“Com base nos resultados da Deere até o momento, está claro que estamos a caminho de mais um ano excepcional”, disse John May, o CEO da companhia, no comunicado que acompanhava o relatório de resultados do segundo trimestre do ano-fiscal (encerrado em 30 de abril).

No trimestre, as vendas da fabricante de máquinas agrícolas cresceram 30%, atingindo US$ 17,4 bilhões. Antes da divulgação, os analistas consultados pela FactSet estimavam uma receita de US$ 14,9 bilhões, segundo o Wall Street Journal.

As projeções positivas da Deere para o ano estão lastreadas no crescimento das vendas de grandes máquinas agrícolas nos Estados Unidos e Canadá. A expectativa é que as vendas nos dois países cresçam mais de 10%. Na América do Sul, onde os preços em reais dos grãos podem enfraquecer a demanda, a Deere projeta vendas estáveis.

A empresa está avaliada em US$ 107 bilhões. No ano, os papéis caem 21%.

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