Frigoríficos

Marfrig cai mais de 5% após incêndio nos EUA, mas impacto é irrelevante

Frigorífico da National Beef volta a funcionar normalmente a partir de segunda-feira, dia 25, informou a Marfrig em comunicado

Um acidente na área externa de um frigorífico da Marfrig em Kansas, no Estados Unidos, derruba as ações da maior produtora de hambúrguer do mundo nesta sexta-feira.

Às 13h10, os papéis da Marfrig caíam mais de 5% na B3, a segunda maior queda do Ibovespa.

Na quarta-feira, houve um pequeno incêndio em um caminhão que faria o transporte de cargas, o que acabou se alastrando por mais caminhões e atingiu a área de expedição da fábrica.

Felizmente, o incêndio foi controlado, não houve vítimas e não atingiu a fábrica. Mas custou alguns dias de produção para a National Beef, a controlada da Marfrig no Estados Unidos.

Em um comunicado, a Marfrig informou que o impacto é “imaterial”. O frigorífico volta a funcionar normalmente na próxima segunda-feira, dia 25.

O plano da Marfrig é recuperar a produção que deixou de ser feita nos últimos com o funcionamento da unidade nos sábados, contornando os impactos.

A National Beef é a quarta maior indústria de carne bovina dos Estados Unidos e, nos últimos anos, foi a grande responsável pela geração de caixa da companhia — o dinheiro que financiou a compra da BRF veio da carne bovina americana.

Não à toa, a reação do mercado ao incidente foi tão negativa nesta sexta-feira. Os negócios de carne bovina nos EUA também passam por uma compressão de margens típica do ciclo da pecuária e um acidente poderia atrapalhar ainda mais. Ao que tudo indica, no entanto, não será o caso.

A empresa controlada por Marcos Molina divulga os resultados do quarto trimestre na próxima quarta-feira, após o fechamento do mercado, e promove call com investidores e analistas na quinta, às 14h.

Em bolsa, a Marfrig está avaliada em R$ 9,6 bilhões. Em doze meses, os papéis sobem 45%.

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