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América do Sul destoa no balanço da John Deere, que vê lucro maior

Enquanto as vendas da Deere nos EUA ignoram a queda no preço dos grãos, levando a uma disparada no lucro, empresa estima retração de até 5% nas vendas na região este ano

A John Deere & Co elevou as suas estimativas para os resultados deste ano depois de reportar lucro maior do que o esperado no terceiro trimestre. Mas, enquanto as vendas nos Estados Unidos continuam ignorando a queda no preço das commodities, a companhia indicou que as operações no Brasil sofrem um pouco mais.

No guidance divulgado nesta sexta-feira, a Deere projeta que as vendas de tratores e colheitadeiras na América do Sul devem ficar estáveis ou cair até 5% em 2023. Para o mercado norte-americano, a expectativa é de um crescimento superior a 10%, enquanto a Europa deve apresentar estabilidade ou crescimento de até 5% e a Ásia deve ter queda moderada. No consolidado, a receita líquida da companhia com equipamentos voltados à produção e agricultura de precisão deve crescer acima de 20%, puxada por preços mais altos.

A Deere elevou a sua projeção para o lucro acumulado em 2023 para US$ 10 bilhões –a sua estimativa anterior, divulgada em maio, apontava no máximo US$ 9,5 bilhões. Só no terceiro trimestre, o resultado líquido foi de quase US$ 3 bilhões, um aumento de 58% ante o mesmo período do ano passado. A receita subiu 12% na mesma comparação.

As ações da John Deere, no entanto, caíam 4% por volta das 13h. Investidores se questionam até quando as vendas de equipamentos agrícolas, sobretudo nos Estados Unidos, vão continuar subindo considerando o enfraquecimento nos preços dos grãos.

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