As ações da Minerva já subiram 16% desde o anúncio do aumento de capital, em 7 de abril. Na visão dos analistas do BTG Pactual, há espaço para mais.
Nesta quinta-feira, os analistas Thiago Duarte, Guilherme Gutilla e Gustavo Fabris divulgaram um relatório elevando o preço-alvo do papel para R$ 10 nos próximos 12 meses, de R$ 9 anteriormente, mantendo a recomendação neutra.
A análise considera os efeitos do aumento de capital integral, no valor de R$ 3 bilhões, e resultados operacionais mais fortes, com um Ebitda de R$ 4,4 bilhões em 2025 e R$ 4,7 bilhões em 2026. O estudo considera também o potencial de valorização devido à estrutura da operação — a Minerva concederá uma opção de compra (warrants) aos participantes do aumento de capital, o que tornou a oferta mais atrativa para os acionistas.
Com os warrants, os acionistas terão direito a comprar novos papéis da companhia em até três anos, pelo mesmo preço do preço da ação no aumento do capital privado, de R$ 5,17. Como as ações da Minerva tendem a se recuperar, refletindo o balanço mais sólido, o exercício das opções tende a ser altamente atrativo.
“Dado o valor do warrant concedido, quem comprar ações hoje ainda pode ter potencial de valorização”, escrevem os analistas. “Quanto mais o preço das ações subir antes da data de corte, mais valiosos os warrants se tornam”, acrescentaram.
Segundo os cálculos do BTG, os investidores ainda poderiam se beneficiar ao participar do aumento de capital da Minerva com o preço máximo da ação a R$ 11,90 — nesta quinta, o papel está cotado a R$ 7,50, com alta de 4%.
Nessa conta, os analistas consideraram uma captação total de R$ 2 bilhões e um valor justo pós-oferta de R$ 8,20 (com base em múltiplo de 5,5x EV/Ebitda), além dos ganhos provenientes dos direitos de subscrição e o valor embutido nos warrants.
