Kátia Abreu agora é conselheira da JBS, um nome curioso diante do histórico de conflitos entre a ministra da Agricultura de Dilma Rousseff e Joesley Batista, um dos controladores da gigante de carnes.
Num fato relevante divulgado agora à noite, a JBS informou a troca de três membros do conselho. Além da ex-senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo e Cledorvino Belini (ex-presidente da Fiat na América Latina) ingressaram no board.
Os três substituem Leila Loria, Claudia Prates e Estêvão Accioly, que haviam sido indicados ao conselho pelo BNDES durante a gestão de Gustavo Montezano. Com a intenção do banco de indicar nomes mais alinhados ao atual governo, a troca foi feita.
A substituição de conselheiros ocorre uma semana após a JBS anunciar o plano para listar suas ações em Nova York. O banco estatal pode ter um papel crucial na assembleia de acionistas que discutirá o tema. Como a família Batista não pode votar, os 20,8% representam cerca de 40% dos votos.
Ainda não está claro qual será a posição do BNDES na assembleia de acionistas que votará a transação. Em 2016, o banco vetou a primeira proposta da JBS para levar suas ações para Nova York, emitindo um comunicado contra o que considerava ser a desnacionalização do ativo.