Em mais um efeito colateral da doença de Newcastle, o Ministério da Agricultura acaba de suspender todas as exportações de carne de frango para a China, de forma preventiva.
É o maior baque comercial até aqui. Os chineses são os maiores compradores da carne de frango brasileira. No ano passado, o país asiático foi responsável por 13% do volume exportado no ano passado.
A proibição temporária das vendas para os chineses se soma ao veto para os embarques à União Europeia, chegando a quase 20% de todo o mercado exportador.
Até ontem, as exportações de carne de frango para a China estavam suspensas apenas para os produtos do Rio Grande do Sul. No entanto, o Ministério da Agricultura entendeu que o auto-embargo de todo o País era a decisão mais acertada, considerando o protocolo sanitário firmado entre as duas nações.
Em tese, o auto-embargo é uma medida de cautela. Em geral, quando o próprio país suspende as exportações, o retorno dos embarques tende a ser menos traumático. Se esperasse Pequim fechar o mercado, a retomada poderia ser bem mais demorada, causando ainda mais prejuízos.
Agora, a expectativa é que o Brasil consiga retomar as exportações de todos os estados (com exceção do Rio Grande do Sul) assim que a investigação sobre o caso da doença de Newcastle seja oficialmente resolvido junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
