
A JBS pode concluir o sonhado processo de listagem de suas ações na Bolsa de Nova York em junho. A estimativa foi apresentada na noite desta terça-feira pela companhia, que informou ao mercado que a SEC, a xerife do mercado de capitais dos EUA, aprovou a operação.
Com o aval da SEC, o conselho de administração da gigante de alimentos convocou para 23 de maio a assembleia geral extraordinária que vai decidir sobre a dupla listagem.
Após a decisão da BNDESPar de se abster de votar devido ao acordo firmado com a J&F, holding dos irmãos Batista que controla a JBS, a assembleia é vista como uma mera formalidade em meio ao processo.
Os irmãos Batista, com 48% da companhia, já não poderiam votar na assembleia. Segundo maior acionista da JBS, a BNDESPar tinha um papel fundamental para um desfecho positivo — o banco de fomento chegou a se opor à listagem das ações da JBS em Nova York em 2016.
Com potencial de triplicar o valor de mercado da companhia e de destravar um poderoso mecanismo de financiamento para aquisições, os acionistas minoritários, que terão total poder de decisão, são amplamente favoráveis à dupla listagem.
“Acreditamos que essa operação vai aumentar nossa visibilidade no cenário internacional, atrair novos investidores e fortalecer ainda mais nossa posição como líder global de alimentos”, Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, disse em comunicado divulgado nesta noite.
A operação depende ainda da aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).