A americana Mosaic completou o processo de redução dos estoques de fertilizantes no Brasil, limpando o caminho para trazer as margens para os níveis históricos na divisão mais representativa para as vendas da gigante de nutrientes agrícolas.
Na mensagem que acompanha o balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta terça-feira, o CEO da companhia, Joc O’Rourke, disse que o bem-sucedido ajuste dos estoques no Brasil deixou a Mosaic bem-posicionada para o segundo semestre e 2024.
No Mosaic Fertilizantes, divisão de negócios que reúne as operações verticalizadas no Brasil — minas de fostato e produção de potássio —, a margem bruta por tonelada já teve uma recuperação expressiva.
De julho a setembro, a margem ficou em US$ 35 por tonelada, enquanto no segundo trimestre esse número era de apenas US$ 5 por tonelada, um reflexo dos estoques abarrotados no Brasil.
A tendência é que as margens da Mosaic Fertilizantes continuem melhorando, ficando entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada no quarto trimestre, segundo a companhia.
Em receita, os preços baixos provocaram uma forte queda. A Mosaic Fertilizantes fez US$ 1,7 bilhão no terceiro trimestre, queda de quase 35%. Globalmente, a receita total da Mosaic caiu 33%, atingindo US$ 3,5 bilhões.
Listada na bolsa de Nova York, a Mosaic está avaliada em US$ 10,6 bilhões. No ano, as ações da gigante de fertilizantes cai 27%.
