Commodities

Conab vê novo recorde na soja e queda no plantio de milho

O Brasil deve continuar inundando o mundo com soja barata na safra que está começando. A produção brasileira pode atingir 162,4 milhões de toneladas em 2023/24, um novo recorde, o que representaria um crescimento de 5% em relação à safra anterior, segundo a primeira projeção da Conab para a temporada. As exportações devem superar 100 milhões de toneladas.

Apesar da queda nos prêmios, o que reduz os preços ao produtor, a soja continua sendo uma opção atrativa para os agricultores, que novamente devem elevar a área plantada, desta vez para 45,3 milhões de hectares (+2,8%). A Conab também espera um aumento de 2,2% na produtividade média, puxada por uma recuperação no Rio Grande do Sul, que enfrentou problemas climáticos na safra passada.

Mesmo com preços mais baixos, a rentabilidade do produtor deve continuar positiva em razão de uma queda significativa nos custos de produção, principalmente fertilizantes. Para o sojicultor de Mato Grosso, a Conab estimou uma margem líquida de 40% sobre o custo variável da produção em 2023, considerando um cenário neutro para os preços.

Já o milho está dando prejuízo, o que resultará em uma queda na área plantada de 4,8% na safra 2023/24. Com isso, a produção deve cair 6%, para 119,8 milhões de toneladas.

A demanda interna, no entanto, continuará aquecida puxada pelos produtores de etanol de milho e de ração animal, o que, aliado à menor oferta, pode resultar em preços acima da paridade de exportação no segundo semestre de 2024, segundo a Conab. Uma luz no fim do túnel para os produtores de milho, que está no menor patamar de preços dos últimos três anos, segundo o indicador do Cepea.

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