Governança

CVM rejeita proposta de Marcos Molina pela terceira vez

Área técnica da xerife do mercado de capitais acusou Marcos Molina de inflar artificialmente o volume de negociações da Marfrig para mantê-la no Ibovespa

Em um decisão tomada nesta quarta-feira, a CVM rejeitou novamente a proposta de acordo feita por Marcos Molina para assinar um termo de compromisso e encerrar o caso em que a área técnica da xerife do mercado de capitais acusou o empresário de inflar artificialmente o volume de negociações de ações da Marfrig para mantê-la no Ibovespa.

Essa é a terceira vez que a CVM recusa a proposta de acordo. Molina, Tang David (diretor financeiro da Marfrig) e a MMS (holding por meio da qual o empresário controla a companhia) haviam proposto pagar uma multa de R$ 13,3 milhões.

A investigação sobre a movimentação de ações da Marfrig teve início após um alerta da BSM Supervisão de Mercados. O caso diz respeito a negociações ocorridas entre março e agosto de 2018.

Apesar da acusação, as simulações feitas pela B3 chegaram à conclusão de que a movimentação de ações da MMS não teria sido “decisiva para alterar o índice de negociabilidade do papel”.

Com a recusa, o caso agora será apreciado pelo colegiado da CVM.

Procurada, a Marfrig disse que Marcos Molina e Tang David “apresentarão suas defesas junto à CVM, demonstrando com clareza que todas as operações realizadas foram rolagens naturais de operações a termo, de acordo com as leis e regulamentos pertinentes. Portanto, após a análise dos fatos e argumentos, quaisquer dúvidas quanto à legalidade serão esclarecidas. Cumpre ressaltar que, após a análise das operações, a própria B3 concluiu não ter havido qualquer interferência nos índices de mercado”.

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