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Eduardo Masson deixa a diretoria financeira do Frigol

A troca de CFO mostra uma reorganização da diretoria da companhia após a volta de Luciano Pascon, que reassumiu como CEO

Eduardo Masson, o diretor financeiro que conduziu o reperfilamento das dívidas do Frigol nos últimos três anos, está deixando o cargo no frigorífico da família Gonzaga de Oliveira. Masson será substituído por Carlos Eduardo Corrêa, executivo com mais de dez anos de Frigol.

A troca de CFO mostra um rearranjo da diretoria da companhia após a volta de Luciano Pascon, que assumiu como CEO em 1º de janeiro no lugar de Eduardo Miron — este agora é membro do conselho de administração.

A dupla agora à frente dos principais cargos do Frigol já se conhece bem. Durante a gestão anterior de Pascon como CEO, entre 2016 e 2020, Corrêa era o diretor financeiro.

Num comunicado ao mercado, o Frigol agradeceu Masson. “O sr. Eduardo Masson esteve à frente da área financeira da companhia desde 2022, desempenhando um papel fundamental na evolução dos negócios, no fortalecimento da governança e na consolidação dos resultados financeiros”.

Ao lado de Miron — um executivo tarimbado na indústria frigorífica, com passagens por Cargill, Keystone Foods e Marfrig —, Masson inseriu a Frigol no mercado de capitais com emissão de CRAs.

No ano passado, o Frigol concluiu uma das operações financeiras mais emblemáticas de sua história. A companhia levantou R$ 75 milhões com a Caixa e conseguiu pré-pagar um CRA.

A troca de dívidas reduziu as despesas financeiras do Frigol, que trocou um CRA que pagava juros de CDI + 5,75% ao ano para notas comerciais com remuneração de CDI + 2,4% ao ano).

Nesse processo, o Frigol economizou mais de R$ 3 milhões em juros e conseguiu alongar o perfil das dívidas — trocando uma dívida com prazo médio de 1,9 ano para 3 anos.

Com uma receita anual de quase R$ 3,5 bilhões e uma margem Ebitda da ordem de 5%, o Frigol possui uma estrutura de capital conservadora, com um índice de alavancagem baixo. A relação entre dívida líquida e Ebitda é de 1,2 vez, e se mantém abaixo de 1,5 vez desde 2019.

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