Quebra de safra

El Niño reduz fatia da agropecuária no PIB

Com a menor colheita de grãos, a agropecuária viu sua participação no PIB do Brasil ficar em 6,75% nos doze meses encerrados em março

Depois de impressionar os macroeconomistas com a safra recorde colhida no ano passado e puxar o PIB brasileiro, a agropecuária tropeçou no El Niño e deve perder participação no bolo da economia em 2024.

No resultado divulgado nesta manhã, o IBGE informou que o PIB da agropecuária caiu 3% no primeiro trimestre, quando comparado ao resultado do mesmo intervalo do ano passado.

Castigada pela seca que atingiu várias áreas de Mato Grosso e Goiás, a safra de soja foi uma das grandes responsáveis pelo resultado do PIB da agropecuária, que computa o valor adicionado dentro da porteira.

Em relatório, o IBGE citou a queda da produtividade de três culturas agrícolas para justificar a retração do PIB setorial: soja, milho e fumo (embora este tenha um peso menor do que os dois primeiros).

Com a menor colheita, a agropecuária viu sua participação no PIB total do Brasil ficar em 6,75% nos últimos doze meses. No ano passado, essa fatia chegou a 7,14%.

Considerando apenas o primeiro trimestre, a participação da agropecuária atingiu 8,17%, abaixo das 8,66% registradas nos já históricos primeiros três meses do ano passado.

É importante notar que a participação da agropecuária tende a ser maior no primeiro trimestre em razão da concentração da colheita de soja, cultura agrícola mais importante do país.

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Pelas últimas estimativas da Conab, a quebra da safra de soja deve chegar a 8,8%. A previsão inicial da órgão era de uma colheita de 162 milhões de toneladas, mas agora a expectativa é de que a colheita deve ficar em 147,7 milhões de toneladas, uma queda de 4,5% sobre o ciclo anterior. Na safra 2022/23, o Brasil colheu 154 milhões de toneladas.

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Como um todo, o PIB brasileiro cresceu 0,8% no primeiro trimestre.

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