Os produtores norte-americanos devem plantar a maior área de milho desde 2020. Segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), o milho ocupará 38,5 milhões de hectares na safra 2025/26, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior.
O cereal vai ocupar parte da área de soja, que deve cair 4% para 33,8 milhões de hectares. O movimento reflete o comportamento dos preços do milho, atualmente mais rentáveis aos produtores americanos, que também temem o efeito das tarifas de Donald Trump à demanda externa pela soja dos Estados Unidos.
O milho é considerado um mercado mais seguro pelos produtores americanos em meio à guerra tarifária porque o consumo doméstico absorve mais de 70% da oferta americana, estimulado principalmente pela indústria de biocombustíveis.
O USDA também divulgou a sua projeção para o plantio de algodão. A expectativa é de uma redução de 12% em comparação com a safra anterior, para 4 milhões de hectares.
A decisão dos produtores americanos sobre o plantio é acompanhada de perto pelos agricultores brasileiros devido aos seus impactos nos preços das commodities na Bolsa de Chicago. Nesta terça, porém, os impactos nos preços foram pouco relevantes.
O mercado aguarda o desdobramento das tarifas recíprocas de Donald Trump, que prometeu anunciar o valor de novas tarifas na próxima quarta-feira.