Enquanto aguarda a resposta da CVM sobre a possibilidade de recomprar cotas de Fiagro e mantê-las em tesouraria, a FG/A decidiu por um caminho mais veloz para tentar reduzir o desconto expressivo que as cotas do FGAA11 — o fundo listado da gestora de Ribeirão Preto — sofrem na bolsa.
Num fato relevante que acaba de divulgar, a FG/A anunciou a abertura de um programa de amortização de cotas, devolvendo parte do capital aos cerca de 50 mil cotistas do fundo.
A abertura do programa permitirá a amortização de até 7,4% do patrimônio líquido do fundo, uma fatia equivalente a R$ 32,4 milhões. Se amortizar todo esse capital nos próximos meses, o patrimônio do FGAA11 seria reduzido para cerca R$ 400 milhões.
Ao decidir pela amortização, a FG/A preferiu uma abordagem gradual. A depender do comportamento das cotas no mercado ou mesmo de uma resposta positiva da CVM sobre a recompra, a gestora poderá amortizar um volume menor.
Nesse processo, a gestora fará amortizações mensais, com o pagamento casado com a distribuição de dividendos, podendo ou não chegar aos 7,4%. Se a recompra for liberada para CVM, a gestora optaria por essa opção, que evitaria a devolução de uma cota que custou pelo menos 3% para ser emitida.
Enquanto isso não ocorre, o cronograma de amortização já foi definido. A primeira está programada para ocorrer em 14 de abril, quando o fundo devolverá R$ 2,7 milhões aos cotistas, um montante que representa 0,62% do patrimônio líquido do Fiagro da FG/A.
Para honrar com a devolução de capital, o FGAA11 vai usar o próprio caixa, sem precisar se desfazer de qualquer ativo do portfólio.
Listado na B3, o FGAA11 negocia a R$ 8,34, o equivalente a 89% do valor patrimonial do fundo.