A regulamentação definitiva da indústria de Fiagro deve sair no segundo semestre, indicou nesta terça-feira o superintendente de securitização e agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bruno Gomes.
A entrada da nova regra vai permitir a inclusão de CPRs no portfólio dos Fiagros que chegam ao varejo, além de viabilizar o chamado Fiagro Multimercado, um fundo que poderá incluir direitos creditórios, fazendas, CRAs e participações acionárias em um mesmo veículo.
Depois de uma fase de consulta pública, a CVM está analisando as mais de 20 sugestões feitas pelo mercado para aprimorar a norma que regerá os Fiagros, disse o superintendente, durante um painel no Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio, promovido na capital paulista pelo Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA).
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Assim que esse processo terminar, os técnicos enviam as recomendações para o colegiado da CVM. A tendência é que isso ocorra na segunda metade deste ano.
Entusiasta do mercado de Fiagro, Gomes voltou a falar do potencial de crescimento da indústria. Na avaliação dele, o estoque de Fiagro pode ser cinco vezes maior do que o estoque de fundos imobiliários, uma classe de ativo já madura.
Para chegar lá, ainda falta muito. Para se ter uma ideia, o patrimônio líquido dos fundos imobiliários soma R$ 301,4 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O PL dos Fiagros, uma indústria que ainda não completou três anos, soma R$ 34 bilhões.