A listagem das ações da JBS nos Estados Unidos, prevista para acontecer até o final deste ano, não é um movimento isolado e pode também fazer sentido para outros produtores de alimentos da América Latina, segundo o analista Leandro Fontanesi, do Bradesco BBI.
Empresas mexicanas como a Gruma, fabricante de farinhas e tortillas, e Becle, líder global na produção de tequila com a marca Jose Cuervo, têm mais da metade de sua receita com origem na América do Norte, assim como a JBS, que tem 56%.
Com 42% de sua receita vindo da América do Norte, a Marfrig também é citada por Fontanesi, em nota a clientes, como uma empresa que poderia considerar uma listagem nos EUA. Marcos Molina, principal acionista da empresa, inclusive já sinalizou essa ambição ao mercado.
Também há discussões sobre a possibilidade da Shell listar ações nos Estados Unidos para reduzir o desconto de seus papéis em comparação com seus pares Chevron e Exxon, lembrou Fontanesi. E pressões para que a British American Tobacco troque Londres pelos Estados Unidos.
