A Marfrig levantou US$ 535 milhões (o equivalente a R$ 2,5 bilhões) em uma operação de financiamento sindicalizada coordenada pelo Citi. O crédito, na modalidade de pré-pagamento de exportação, vence em cinco anos.
Em um comunicado divulgado na manhã desta terça-feira, a companhia de Marcos Molina informou que o sindicato foi composto por oito bancos. Além do Citi, participaram da operação HSBC, Mizuho, Sumitomo, MUFG, FAB, Banco do Brasil e BBVA.
A americana National Beef, controlada pela Marfrig, também concluiu uma operação que dá liquidez e ajuda a alongar o passivo. Em uma operação com oito bancos internacionais, a National aumentou o limite de um crédito rotativo para US$ 1,1 bilhão. O prazo passou de 2026 para 2028.
“Essas contratações estão alinhadas com seu compromisso com a disciplina financeira, alongamento do perfil de endividamento e a redução de despesas financeiras da Marfrig”, escreveu a companhia, no comunicado assinado por Tang David, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da Marfrig.
No fim de setembro, a dívida líquida da Marfrig somava R$ 33,5 bilhões, com um índice de alavancagem de 3,9 vez. Considerando os R$ 6 bilhões que a companhia ainda vai receber da Minerva pela venda de ativos, a alavancagem cairia para 3,2 vezes. Em 2024, a Marfrig tem US$ 1,5 bilhões em dívidas a vencer.
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Na manhã desta terça-feira, a Marfrig também anunciou o cancelamento de 28 milhões ações em tesouraria e a abertura de um novo programa de recompra, para até 31 milhões de ações, o equivalente a 9,3% do free float.
Internamente, a Marfrig entende que os papéis da companhia estão desvalorizados. No ano, a ação da companhia está praticamente estável. A empresa está avaliada em R$ 7,9 bilhões.