Canaviais

Na Raízen, a diluição de custos é logo ali

Prévia operacional do segundo trimestre começa a mostrar a melhora da produtividade dos canaviais

A melhora da produtividade dos canaviais da Raízen deve chegar às margens a partir do segundo trimestre da safra 2023/24, diluindo os custos da terceira maior companhia do Brasil.

Ontem à noite, a Raízen divulgou uma prévia com os resultados operacionais do trimestre, mostrando uma forte aceleração da moagem de cana. O balanço do período será divulgado em 13 de novemro.

No segundo trimestre da atual safra, a moagem ficou em 37,5 milhões de toneladas de cana, crescimento de quase 40% na comparação com o primeiro trimestre (26,8 milhões de toneladas).

Unidade da Raízen em Rondonópolis

Pela prévia operacional divulgada pela Raízen, o açúcar total recuperável (ATR) da cana colhida no segundo trimestre está em 143 quilos por tonelada, crescimento de 15%.

“Isso reforça que a empresa deve entregar não só uma melhora significativa na produtividade da cana ao longo da safra, mas também uma maior diluição de custos, como já vínhamos sinalizando”, escreveram os analistas do BTG, num relatório publicado nesta quarta-feira.

No último Raízen Day, no primeiro semestre, o ganho de produtividade do canavial esteve no centro das atenções. A expectativa da própria companhia é que a melhora possa trazer R$ 3 bilhões adicionais ao fluxo de caixa da companhia.

Para os analistas do BTG, as ações da Raízen são uma oportunidade para os investidores considerando o desconto de 20% sobre os múltiplos pelo qual as concorrentes São Martinho e Vibra são negociadas na bolsa.

Além disso, a Raízen vai atingir o pico de capex neste ano (desde o IPO, a companhia vem investindo fortemente nas plantas de etanol de segunda geração). Isso significa que, com aportes menores nos próximos anos, a companhia deve começar a desalavancar e gerar valor aos acionistas, disseram os analistas do BTG.

Não à toa, o banco recomenda a compra dos papéis. A Raízen está avaliada em R$ 5 bilhões.

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