A Tyson Foods, maior indústria de carnes dos Estados Unidos, teve mais um resultado desastroso. No trimestre fiscal encerrado em 1º de julho, a companhia amargou um prejuízo de US$ 417 milhões.
Antes da abertura do mercado, as ações da Tyson tombavam 9%. No ano, os papéis caem mais de 40%. A companhia está avaliada em US$ 20 bilhões.
Mesmo quando ajustado por itens não recorrentes, o resultado da Tyson veio abaixo da expectativa de Wall Street. O lucro ajustado por ação ficou em 15 centavos de dólar, queda de 92% na comparação com igual trimestre do ano fiscal anterior.
A Tyson vem sofrendo com o excesso de oferta de frango. Mas ao contrário do que ocorreu na rival Pilgrim’s Pride, a Tyson não conseguiu melhorar o desempenho.
“Ainda que a dinâmica atual do mercado siga desafiadora, a Tyson está totalmente comprometida com nossa visão de ter crescimento sustentável de receita e melhora de margem”, disse o CEO Donnie King num comunicado.
Para lidar com o ambiente mais difícil, a Tyson vem tomando várias medidas para ajustar o porque fabril e melhorar a produtividade. A intenção é reduzir custos em US$ 1 bilhão.
Uma das medidas, anunciada nesta segunda-feira, prevê o fechamento de mais quatro abatedouros de frango, realocando a produção em outras unidades. A intenção é melhorar a utilização de capacidade das unidades que seguirão em operação.
“É uma decisão difícil. Mas para o futuro da Tyson, é a decisão certa”, disse John R. Tyson, CFO da companhia, em entrevista à Bloomberg.
No trimestre, a Tyson teve prejuízo nos negócios de porco (-US$ 74 milhões), frango (-US$ 314 milhões) e também na divisão internacional (-US$ 234 milhões). O negócio de carne bovina, que sofre com a restrição de oferta de gado, viu a margem Ebit cair de 10,7% para apenas 1,3%.
A área de alimentos industrializados, que reúne marcas como a Hillshire, foi a única a reportar um desempenho melhor. O negócio teve um lucro operacional de US$ 206 milhões, com a margem saindo de 7,6% para 8,6% na comparação anual.