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No pior cenário, doença de Newcastle afeta 15% da exportação de frango

As restrições comerciais autoimpostas pelo Ministério da Agricultura podem afetar, no pior cenário, 15% das exportações brasileiras de carne de frango e algo entre 5% e 7% da produção nacional da proteína animal.

Essas estimativas foram divulgadas há pouco por Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em entrevista coletiva concedida no Rio Grande do Sul.

O dirigente fez questão de ressaltar que, ao que tudo indica, o pior cenário não será atingido. Santin elogiou o trabalho do Ministério da Agricultura, que está em contados constantes com os importadores, incluindo as autoridades chinesas.

De certo, os embargos temporários terão reflexos sobre os preços da carne de frango, o que pode pressionar as margens dos frigoríficos brasileiros, mas isso não significa que o produto sofrerá uma queda de preços acentuadas.

Segundo Luis Rua, diretor de mercados da ABPA, cerca de 40% do volume de frango que o Brasil está impedido de exportar temporariamente é de pés e patas, vendidos especialmente para a China. Como o Brasil praticamente não consome pés e patas, os efeitos sobre os preços no mercado doméstico tendem a ser pequenos, acrescentou Rua.

A situação de oferta e demanda global também pode favorecer o Brasil na retomada dos mercados, disse Rua. A China, por exemplo, importa cerca de 80% de pés e patas do Brasil e não há muitas alternativas ao Brasil, até porque as exportações dos Estados Unidos já vinham caindo. “Isso mostra também a necessidade do lado chinês”, frisou Rua.

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