Pecuária

O histórico declínio do rebanho nos EUA

O ciclo da pecuária nos Estados Unidos continua trazendo más notícias para os frigoríficos, com sinais de que necessária recomposição do rebanho vai levar bem mais tempo — talvez mais anos — do que os mais otimistas esperavam.

No último relatório de estoques de gado, divulgado nesta quarta-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostrou um rebanho de apenas 87,2 milhões de cabeças. É o menor nível desde 1951, segundo uma reportagem da Bloomberg.

Como o rebanho não para de cair, os pecuaristas ainda estão liquidando vacas. Para reverter o quadro, em uma atividade que leva de dois a três anos para se recompor, é preciso reter as matrizes.

No curtíssimo prazo, o maior abate de vacas até pode melhorar as margens dos frigoríficos, como o analista do Santander, Guilherme Palhares, sinalizou recentemente. No médio e longo prazo, no entanto, não é o desejado.

Na última teleconferência com investidores, o empresário Wesley Batista Filho, que comanda a JBS USA, já havia passado essa mensagem aos investidores. Uma questão chave para o pecuarista reter as matrizes é o clima, até porque o preço do bezerro já estimula a criação.

“Se a gente tiver um clima ruim para a produção de bezerro, que não permita a retenção de matrizes, isso provavelmente vai significar mais gado no confinamento, mas no longo prazo isso significa um ciclo de baixa mais longo”, resumiu o empresário em novembro.

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