As queimadas que se alastraram por São Paulo desde a semana passada afetaram 1,8 milhão de toneladas de cana própria da Raízen e de terceiros, o que representa cerca de 2% da moagem prevista para a safra 2024/25, informou a empresa em comunicado nesta noite.
Diferentemente da São Martinho, a Raízen não fez projeções para o Açúcar Total Recuperável (ATR) e de possíveis impactos na eficiência industrial. A companhia está priorizando a moagem da cana-de-açúcar queimada. Caso ela permaneça por dias no campo, as perdas podem ser maiores e a cana pode até apodrecer, segundo consultores ouvidos nesta segunda-feira por The AgriBiz.
“Com isso, esperamos que as perdas e impactos em nossos resultados sejam imateriais”, acrescentou a Raízen. A empresa também já retomou a moagem na Usina Santa Elisa, em Sertãozinho (SP), suspensa temporariamente no final de semana.
A São Martinho também está correndo para moer a cana dos 20 mil hectares afetados pelas queimadas, segundo comunicado. Mas a empresa já avisou que possíveis perdas de eficiência na indústria vão levar a uma redução na produção de açúcar em 110 mil toneladas, o que deverá ser compensado por um aumento na produção de etanol.