Depois de um desempenho espetacular em 2024, as ações de JBS, Marfrig e BRF iniciaram este ano sob forte pressão, principalmente relacionadas às expectativas de piora nas margens da carne de frango.
Desde o início deste ano, os papéis da JBS caíram 7,3% na bolsa brasileira, enquanto BRF e Marfrig perderam 14,2% e 12,2%, respectivamente.
Em um relatório enviado a clientes ontem à noite, o Goldman Sachs propôs uma reflexão construtiva para os papéis de JBS e Marfrig.
Na leitura dos analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, a companhia dos irmãos Batista oferece um valuation atrativo aos investidores, combinando uma sólida geração de caixa com um mix mais diversificado entre proteínas.
Nem mesmo o surto de gripe aviária no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, deve afetar a Pilgrim’s Pride, companhia americana de carne de frango controlada pela JBS USA.
“Nenhuma das plantas da Pilgrim’s está na zona de quarentena e, além disso, apenas 5% da produção de sua produção de frango é direcionada para as exportações”, escreveram os analistas.
Nesse cenário, os analistas do Goldman Sachs reiteraram a recomendação de compra das ações da JBS, com preço-alvo de R$ 44, sinalizando um potencial de valorização de 30,8% em doze meses.
A companhia não é a única com um diagnóstico positivo à frente. No caso da Marfrig, Bortoluci e Sussmann reiteraram a recomendação de compra sob o aumento de que companhia de Marcos Molina parecer ser uma “história convincente de desalavancagem”, especialmente após receber mais de R$ 7 bilhões pela venda de ativos à Minerva.
O preço-alvo do Goldman Sachs para as ações da Marfrig é de R$ 19,3, um potencial de valorização de 28,5%. No ano passado, os papéis da companhia já tiveram um bom desempenho, dobrando de valor (a alta de 104,7% foi a segunda maior do Ibovespa em 2024, só atrás da Embraer).
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Para as ações da BRF, os analistas mantém uma recomendação neutra.