Frango

Sinais de recuperação nas margens da Pilgrim's

Indústria de frango controlada pela JBS reportou uma margem Ebitda de 5,8%, uma melhora na comparação com os 3,6% dos primeiros três meses do ano

Depois de um início de ano ruim, a americana Pilgrim’s Pride — produtora de carne de frango controlada pela JBS — esboçou uma recuperação de margens no segundo trimestre.

No balanço divulgado no início da noite desta quarta-feira, a Pilgrim’s mostrou uma margem Ebitda de 5,8%, melhora na comparação com os 3,6% dos primeiros três meses do ano.

Em bases anuais, no entanto, as margens ainda estão aquém dos bons tempos. No segundo trimestre de 2022, por exemplo, a margem Ebitda da Pilgrim’s atingiu 13,5%.

As margens da indústria global de carne de frango vêm sofrendo com a sobreoferta de aves. A capacidade da indústria americana aumentou 20% nos últimos anos, esperando uma demanda que não veio (a inflação afastou o consumidor).

Nos EUA, principal mercado da Pilgrim’s, as margens sofrem no negócio de big birds, o frango mais commoditizado e vendido para processamento. “O segundo trimestre ainda foi desafiador para o negócio de commodity”, reconheceu Fabio Sandri, CEO da Pilgrim’s, no comunicado que acompanha os resultados da companhia.

Em um recente relatório feito após encontro com os principais executivos da JBS USA, os analistas do J.P. Morgan disseram que a Pilgrim’s trabalha com um cenário de recuperação das margens.

“A Pilgrim’s espera que uma demanda melhor e menores custos com ração levem a uma recuperação constante nas margens”, escreveram os analistas. Do lado da oferta de aves, não há grandes sinais de redução porque os produtores ainda estão capitalizados.

Listada na Nasdaq, a Pilgrim’s está avaliada em US$ 5,7 bilhões.

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