As margens espremidas do milho provocaram uma redução significativa na área que a SLC vai semear na safrinha.
No fato relevante enviado ontem à noite, a SLC informou que vai plantar o cereal em 103,4 mil hectares, uma queda de impressionantes 24,8% na comparação com a safra anterior (2022/23).
A companhia da família Logemann não será a única. A BrasilAgro também já sinalizou que vai diminuir o plantio de milho, num movimento que deve mexer com o volume da safrinha brasileira.
A maior parte da área cedida pelo milho será ocupada pelo algodão, uma estratégia que já havia sido indicada por Aurélio Pavinatto, CEO da SLC, na última teleconferência com analistas e investidores.
Na safra 2023/24, a SLC vai plantar algodão em 97,4 mil hectares na safrinha, um acréscimo de 27,4%. Na safra de verão, que está em curso, o plantio da pluma vai ficar crescer 5%, chegando a 90 mil hectares. Somando as duas safras, a empresa aumentou a área de algodão em 15,5% (187,4 mil hectares).
Na soja, principal cultura agrícola do país, a área plantada pela SLC terá uma redução pequena. A companhia pretende semear o grão em 336,7 mil hectares na atual safra, queda de 2,9%.
Ao todo, a área plantada do grupo vai ficar em 674,4 mil hectares. Maior companhia agrícola listada em bolsa, a SLC está avaliada em R$ 8,8 bilhões. No ano, as ações da empresa caem 6,6%.