O PIB da agropecuária chamou atenção de muita gente na semana passada, puxando o crescimento da economia brasileira. Octaciano Neto, que foi secretário de Agricultura do Espírito Santo na gestão Paulo Hartung e hoje é diretor de agro da Suno, logo deu a letra: “Só se surpreende quem não roda o Brasil. Quem vai a Sorriso, Sinop, Linhares e Bebedouro já sabia. Quem fica parado, toma um susto mesmo”. Mas foi um outro dado disponível no relatório do IBGE me impressionou. Historicamente, a participação da produção dentro da porteira no PIB nacional oscilava perto dos 5%, até que veio a pandemia. Desde então, a agropecuária saltou de 4,9% para 7,9% (ou 8,3%, considerando os últimos doze meses até março). A indústria também recuperou pontos, saindo de 21,8% para 23,9%. Os serviços, setor da economia mais atingido durante o confinamento pandêmico, viram a participação cair de 73,3% em 2019 para 68,2% no ano passado. Em tempo: o agronegócio, conceito mais amplo que agropecuária por abranger a cadeia produtiva desde antes da porteira até depois, responde por algo como 25% do PIB, segundo a metodologia do Cepea.
