Recuperação judicial

Usina Ester faz acordo com detentores de CRAs

Acordo reduziu exposição dos dois Fiagro da XP aos títulos da centenária usina; dívidas da recuperação judicial somam R$ 652 milhões

Em recuperação judicial, a centenária Usina Ester fez um acordo com os investidores que compraram CRAs da companhia sucroalcooleira, reduzindo a exposição dos credores ao ativo.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (dia 6), em comunicado divulgado pelos dois Fiagro da XP (XPCA11 e XPAG11). Ambos possuem cotas do CRA da Usina Ester.

Pelos termos do acordo liderado pela Virgo, securitizadora responsável pelos títulos, a Usina Ester repactuou a dívida sem que os investidores precisassem dar qualquer desconto. Em contrapartida, a execução da CRA foi suspensa.

Pela constituição das garantias do CRA, que têm alienação fiduciária de cana e subprodutos, a dívida é extraconcursal, não se submetendo à RJ. Sem o acordo, a empresa correria riscos de ter as garantias executadas, o que prejudicar sua reestruturação.

Com o acordo, a exposição do XPCA11 ao CRA da Usina Ester caiu de 1,2% para 0,7% do patrimônio do fundo, que gere atualmente R$ 432,1 milhões. No XPAG11, fundo com R$ 1,4 bilhão em patrimônio, a exposição ao grupo sucroalcooleiro saiu de 1,6% para 1,3%.

O CRA da Usina Ester vence em abril de 2024 e paga o equivalente a CDI + 5,8% ao ano.

Quando pediu recuperação judicial, a companhia informou um endividamento de R$ 651,7 milhões. O TWK é o escritório que assessora a Usina Ester na recuperação judicial.

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