A Usina São Domingos acaba de concluir uma emissão de R$ 100 milhões em CRAs, numa captação coordenada e distribuída pelos bancos Itaú BBA e Bocom BBM. Com juros de CDI + 4% ao ano, os papéis vencem seis anos.
Fundada nos anos 1950 pela família Sanchez, o grupo sucroalcooleiro de Catanduva, no interior paulista, vem investindo para ampliar a capacidade de moagem, em uma estratégia para capturar o bom momento dos preços do açúcar.
No ano passado, por exemplo, a companhia adquiriu moendas que pertenciam à Flocalco, usina que foi desativada, ampliando a capacidade de moagem para 3 milhões de toneladas de cana por safra.
Na última divulgação de resultados, a São Domingos divulgou a meta de moer 2,7 milhões de tonelada de cana na atual safra 2023/24, um crescimento de 23%.
Com uma receita líquida de 650 milhões e um Ebitda de R$ 266 milhões — o que significa uma margem da ordem de 40% — na safra 2023/23, a companhia moeu cerca de 2,2 milhões de toneladas de cana.
No fim da safra 2022/23, em março do ano passado, o endividamento da empresa somava R$ 465,2 milhões, com uma taxa média de juros de 11,6%. O financiamento de exportação (ACCs e pré-pagamento) respondiam por 56% da dívida total.
Na emissão do CRA, que pode ajudar a alongar o prazo médio de vencimento das dívidas, o Santos Neto Advogados assessorou a São Domingos. O VBSO, escritório de advocacia de Renato Buranello, trabalhou com Bocom BBM e Itaú BBA. A True fez a securitização dos títulos.