Com o objetivo de focar a sua atuação em fertilizantes nitrogenados e em produtos que visam uma menor pegada de carbono, a Yara decidiu paralisar a produção de fosfatados e de ácido sulfúrico nas unidades de Cubatão e Paulínia, ambas em São Paulo. O plano de hibernação acontecerá gradualmente ao longo de 2025, com o encerramento previsto para o terceiro trimestre, segundo nota da empresa.
A Yara garante que a medida não afetará o fornecimento de fertilizantes ao mercado, com o abastecimento sendo garantido por outras unidades. A produção de fosfatados será mantida nas plantas de Ponta Grossa (PR) e de Rio Grande (RS), que recentemente recebeu investimento de R$ 2,1 bilhões para dobrar a sua capacidade de produção.
A empresa não informou o número de colaboradores afetados pela decisão, mas disse que está negociando com sindicatos locais um “pacote de alívio”. Segundo o jornal da Baixa Santista A Tribuna, cerca de 200 funcionários serão demitidos na unidade de Cubatão.
“Cubatão segue sendo estratégico para a atuação da Yara no Brasil, com ativos de nitrogênio que representam uma vantagem competitiva, posicionados para contribuir com o negócio de forma cada vez mais sustentável e positiva para a jornada de descarbonização”, diz a nota da empresa norueguesa.
No final do ano passado, a Yara inaugurou a produção de amônia verde no Brasil, exatamente em seu complexo em Cubatão. A amônia verde é utilizada na produção de fertilizantes nitrogenados com uma pegada de carbono 75% menor em comparação com o mesmo produto de matriz fóssil.
No longo prazo, a Yara pretende descarbonizar toda a sua fábrica de amônia em Cubatão — a única em atividade no País.
