A catarinense Pamplona Alimentos, uma das principais indústrias de carne suína da região Sul, levantou R$ 60 milhões em uma emissão de CRAs recém-concluída encarteirada pela Kinea.
A operação recém-concluída saiu com uma taxa de CDI + 4,1% ao ano de remuneração aos investidores. Pelos termos do papel, a Pamplona começa a amortizar o crédito em junho de 2025. O CRA tem prazo de seis anos, com vencimento em dezembro de 2029.
O CRA da Pamplona passou a fazer parte do portfólio do KNCA11, Fiagro da Kinea. A gestora ainda tinha recursos da última emissão de cotas para alocar no crédito da companhia catarinense. Com pouco mais de R$ 2 bilhões sob gestão, trata-se do maior fundo de agro do mercado.
Fundada no fim da década de 1940 pelo casal Lauro e Ana Pamplona, a empresa possui três abatedouros próprios, na sede de Rio do Sul e nos municípios catarinenses de Presidente Getúlio e Caçador. No ano passado, o grupo fez um investimento de R$ 70 milhões para ampliar a unidade de Presidente Getúlio.
Controlado pela família dos fundadores, a Pamplona também possui oito granjas próprias e 307 integradas, somando um plantel de mais de 530 mil suínos.
Em 2022, a Pamplona teve uma receita líquida de R$ 1,9 bilhão. O endividamento da companhia somava R$ 366,4 milhões em 31 de dezembro de 2022.
Na emissão do CRA da Pamplona, o Santos Neto Advogados assessorou a companhia e a Kinea. A Opea securitizou os papéis.