Follow-on

Fiagro da FG/A capta R$ 107 milhões — e já alocou 30%

Mesmo numa emissão sem a participação da XP, a FG/A fez a oferta base de R$ 100 milhões e também exerceu uma parte do lote adicional

A FG/A emplacou o follow-on de seu Fiagro (FGA11), levantando R$ 107 milhões para o fundo — um veículo dedicado a investimentos em crédito corporativo, notadamente em CRAs de usinas sucroalcooleiras.

Mesmo numa emissão sem a participação da XP, o que significa uma base substancialmente menor de investidores para acessar, a gestora fez a oferta base de R$ 100 milhões e também exerceu uma parte do lote adicional.

O sucesso da oferta também pode ser explicado pela decisão da gestora de bancar boa parte dos custos da emissão. Com o follow-on, o Fiagro da FG/A passou de R$ 430 milhões de patrimônio.

Após a captação, a FG/A quer alocar rapidamente os recursos. “A ideia é alocar tudo até o fim de outubro”, disse Luis Gustavo Correia, sócio-fundador da gestora, ao The Agribiz. A firma busca um retorno de CDI + 4,5% ao ano.

Luis Gustavo Correia e Paulo Fleury, sócio-fundador da FG/A e gestor do FGA11, respectivamente | Crédito: Divulgação

Uma parte relevante desse montante já foi alocada. De acordo com Paulo Fleury, gestor do Fiagro, cerca de 30% dos recursos oriundos do follow-on já foram alocados. Ele não abriu detalhes dos novos papéis do portfólio, mas disse que são duas operações de crédito (uma originada pela própria FG/A e outra por terceiros).

A alocação também inclui uma parte do Fiagro que estava alavancada. Como a gestora já preparava o follow-on, aproveitou a qualidade de crédito de alguns dos papéis do portfólio para usá-los como garantia numa operação compromissada. Na prática, tomou recursos no banco para comprar mais papéis para o fundo.

Com mais de 36 mil cotistas, o FGA11 já negocia as cotas acima do preço da emissão. O papel saiu a R$ 9,78 no follow-on e, atualmente, negocia acima de R$ 10. O follow-on do fundo da FG/A foi coordenada pela Órama, com a participação de Guide e Ativa.