A tão aguardada chuva abrangente virá a partir desta semana às regiões Norte e Nordeste e Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais.
Por conta da baixa umidade do solo, é possível que a quantidade de água projetada até a sexta-feira desta semana ainda não seja suficiente para um alívio imediato. Porém, a partir de agora, a chuva será frequente na maior parte do centro e norte do país até pelo menos o fim de janeiro.
De acordo com a simulação americana GFS, até a sexta-feira, dia 22 de dezembro, o acumulado alcançará aproximadamente 20 milímetros em Balsas (MA), Sinop (MT) e Rio Verde (GO), 25 milímetros em Uberlândia (MG), 30 milímetros em Bom Jesus (PI) e 35 milímetros em Porto Nacional (TO) e Luís Eduardo Magalhães (BA)
Embora o acumulado de chuvas ainda seja baixo, deverá ser suficiente para uma retomada ou mesmo início do plantio da safra de algodão no Centro-Oeste e Nordeste, além de estancar perdas com áreas de soja já instaladas.
Entre o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a regularização da chuva ainda vai demorar um pouco mais e, somente na outra semana, a precipitação será suficiente para o aumento da umidade do solo.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a diminuição da chuva trouxe alívio aos produtores de soja e milho, que puderam retomar as atividades de manutenção das culturas. Agora, os dois Estados vivem uma situação de calor e pancadas de chuva durante as tardes, situação que favorece o desenvolvimento das culturas de uma forma geral.
Olhando mais para frente, até o fim de janeiro, simulações indicam mais de 350 milímetros em uma faixa que começa no litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo e termina no oeste do Amazonas, passando por Minas Gerais, norte de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul e Rondônia. Mesmo assim, este volume ainda ficará abaixo da média histórica em Mato Grosso e Rondônia.
Apesar da falta de chuva observada durante toda a primavera, a previsão de um desvio negativo de precipitação no início do verão não é ruim a esta altura do desenvolvimento da soja.
Isso porque é comum os dois Estados terem longas invernadas que paralisam a colheita da safra e instalação da safrinha. Com uma chuva abaixo da média, mas com acumulado suficiente para o aumento da umidade do solo, diminui-se o risco de eventual paralisação pelo excesso de chuva.