O estouro da boiada encontrou um limite. Depois de subir mais de 50% em apenas dois meses, o preço do boi gordo esbarrou na resistência do varejo e dos frigoríficos, que começam a dar férias coletivas para estancar as perdas.
Numa reação à compressão de margens provocada pelo boi mais caro, a Minerva Foods paralisou o frigorífico de Mineiros (GO), dando férias coletivas. A previsão é que a unidade goiana, uma das 13 adquiridas da rival Marfrig, volte a operar em 8 de janeiro.
Nas últimas semanas, executivos de frigoríficos vinham relatando a dificuldade de fechar a escala de abates, o que já sinalizava um freio de arrumação a caminho.
Ao que tudo indica, a Minerva não será a única a dar férias coletivas para frear a disparada do boi. Barra Mansa, Frigol e JBS também caminham nesse sentido, disse uma fonte.
“O cenário de dezembro é muito ruim. O gado precisa cair porque o preço pago pela China não está compensando”, acrescentou a mesma fonte.
Segundo o dono de um frigorífico de médio porte, a recuperação dos preços da China vista em outubro foi só um soluço. Os preços já voltaram a cair.
Procurada, a Minerva não comentou a informação até a publicação desta reportagem.