Principal pauta dos frigoríficos durante a COP-28, que acontece em Dubai, o compromisso com a rastreabilidade total do gado vai gerar um investimento adicional de R$ 100 milhões da Marfrig.
Os recursos, anunciados na quinta-feira, serão aplicados em 2024. Com esses aportes, a Marfrig vai antecipar em cinco anos a meta de rastreabilidade total do rebanho, incluindo os fornecedores indiretos de gado, a maior lacuna para a indústria pecuária.
Inicialmente, o programa Marfrig Verde+ previa atingir o objetivo em 2030. Agora, a meta da empresa de Marcos Molina é atingir a rastreabilidade total em 2025, em todos os biomas.
A decisão de antecipar as metas ocorre após a venda de um pacote de frigoríficos para a Minerva. Quando a transação for concluída, o que deve ocorrer em meados do ano que vem, a Marfrig deixará de operar frigoríficos na Amazônia, mas permanece no Cerrado – onde os desafios também são relevantes.
O orçamento original do Marfrig Verde+, programa que começou em 2020, era de R$ 500 milhões. Até setembro, a companhia já havia investido R$ 300 milhões. Com os recursos adicionais anunciados ontem, o programa pode chegar a R$ 600 milhões.
Com os recursos adicionais, a Marfrig vai apoiar a recuperação e restauração de 100 mil hectares de pastagens degradadas e investir na restauração de 6 mil hectares de florestas nativas.
A iniciativa também inclui parcerias para a melhora da genérica, ganhando produtividade na pecuária, uso de tecnologias para medição de carbono no solo e medidas de proteção à biodiversidade no Pantanal.