Que o Brasil é um dos países mais aptos a liderar a transição energética, ninguém duvida. Transformar as intenções em prática, no entanto, depende de investimentos massivos e uma estratégia que combine impacto e retorno financeiro capaz de conquistar investidores.
A missão pode parecer e é desafiadora, mas a atuação da Cosan mostra que ela não é só possível como extremamente relevante para os negócios. Um dos maiores conglomerados brasileiros, a holding reúne algumas das companhias mais inovadoras do País, investindo em tecnologias como o etanol de segunda geração à infraestrutura ferroviária — dois temas cruciais para o desenvolvimento sustentável.
Com mais de 55 mil funcionários espalhados pelas companhias do portfólio e um Ebitda que já ultrapassa R$ 32 bilhões, a Cosan é uma empresa que gera empregos enquanto trabalha na agenda de descarbonização.
Alguns destaques podem ser representados pela atuação da Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, pois evitou a emissão de 6,6 milhões de toneladas de CO₂ equivalente só no ano passado, batendo a meta de redução prevista para o período. A empresa também vem investindo bilhões para tornar o escoamento da produção agrícola brasileira ainda mais competitivo.
Num país ainda muito dependente das rodovias, os investimentos da Rumo mostram que é possível dar mais celeridade à logística do agronegócio ao mesmo tempo em que a pegada de carbono da logística brasileira cai. Quando comparadas aos caminhões, as ferrovias possuem uma emissão de CO₂ 7,6 vezes menor.
Na transição energética, a Cosan lidera — a partir da Raízen — um dos esforços mais importantes para reduzir a dependência do petróleo não só nos automóveis, mas com a oferta de matéria-prima para o SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação).
Com o etanol de segunda geração, a Raízen inova não só no Brasil, mas em escala mundial. A companhia foi a primeira a conseguir produzir E2G em escala comercial. Agora, está dando escala à produção, com duas unidades já inauguradas — em Guariba e Piracicaba, ambas no interior de São Paulo.
Produzido a partir do bagaço da cana, o E2G é uma demonstração dos benefícios da economia circular — e de forma rentável. Com o etanol de segunda geração, é possível aumentar a produção do biocombustível em 50% sem precisar plantar um hectare adicional de cana sequer.
De certa forma, os casos de Rumo e Raízen ilustram a estratégia da Cosan. “É um processo integrado entre governança e disciplina na tomada de decisão, com um olhar atento para sustentabilidade, focados em retornos saudáveis e na capacidade de gerar valor em setores nos quais o Brasil tem uma vocação natural”, afirma Ana Luísa Perina, gerente-executiva de relações com investidores e ESG da Cosan.
Os compromissos perpassam todas as investidas. A Moove produz e distribui os lubrificantes da marca Mobil, promovendo alto desempenho e eficiência de veículos e maquinários industriais que movimentam o país.
Com o gás natural, mercado explorado por meio das distribuidoras da Compass —companhia controlada pela Cosan —, o grupo oferece um combustível essencial para a transição energética, reduzindo o consumo de combustíveis mais poluentes como o carvão.
A Vale é outro exemplo. Com 4% de participação na gigante da mineração, a Cosan investe em uma das companhias globais mais importantes para a oferta dos minerais fundamentais da transição energética (lítio, níquel e cobre, entre outros).
“A premissa é o retorno financeiro para garantir nossa capacidade de investir e se perpetuar, mas para além disso olhamos a capacidade de nossos investimentos em trazer soluções mais eficientes, viabilizando a transição energética”, finaliza Ana Luísa.